O termo “cookieless” vem do inglês e se refere a uma navegação sem cookies. Esse conceito prevê um cenário em que os navegadores deixarão de coletar dados pessoais por meio de cookies, devido às crescentes discussões de segurança de informações pessoais.
Por que os cookies vão acabar?
As discussões sobre a segurança de dados pessoais na internet, por parte das empresas, não são recentes. Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), alguns ajustes foram feitos no uso de cookies e em seus objetivos, incluindo o aviso obrigatório da utilização desse recurso via notificação quando o usuário acessa o site.
Ainda assim, os usuários continuam questionando cada vez mais a utilização de seus dados pessoais. Segundo uma pesquisa da KPMG, 86% dos entrevistados afirmaram se preocupar com a privacidade de dados, e 68% estão preocupados com a quantidade de dados sendo coletados por empresas.
Com isso surgiu a ideia de uma navegação cookieless — ou seja, do fim dos cookies. O fato é que esse cenário está cada vez mais perto, com alternativas sendo desenvolvidas pelo Google para a utilização do navegador Chrome.
O método FLoC (Federated Learning of Cohorts), por exemplo, planeja capturar dados anônimos para criar um perfil médio do usuário, mas sem identificá-lo especificamente. Isso pode oferecer mais alternativas para um marketing livre de cookies.
O que esperar de mudanças no mercado?
Grandes marcas, como Apple, Google e Meta, estão procurando alternativas mais seguras que os cookies, como novas ferramentas e integrações. Enquanto isso, para os usuários, o impacto de uma navegação cookieless pode significar uma experiência menos personalizada e menos adaptada aos seus interesses, mas que, ao mesmo tempo, mantém seus dados pessoais mais seguros.
Para os profissionais de marketing, o cenário cookieless não vai acabar com a publicidade digital. No entanto, ele exigirá uma reformulação dos recursos utilizados e, claro, das estratégias de captação e conversão. Isso porque será preciso garantir mais segurança aos usuários, sem captar informações pessoais que serviriam para criar anúncios personalizados e com maior taxa de conversão.
Além disso, também será preciso repensar as estratégias para análise de audiência, uma vez que a nova solução prevê um perfil médio do usuário, sem identificações específicas de cada um.
Como se adaptar?
Seja você um profissional no processo de criação de site ou mesmo o responsável por uma empresa grande com anos de experiência no meio digital, é preciso ficar atento ao futuro cookieless para não perder o timing.
É importante se planejar com antecedência para se adaptar e sofrer menos impacto. Veja a seguir, como se adaptar a esse futuro sem cookies.
1 – Mantenha sua política de privacidade atualizada
Além de ser uma obrigação em diversos países, a política de privacidade deve estar acessível no site de forma clara, com traduções para cada idioma disponível na navegação. Essa política precisa ser transparente quanto ao uso de dados, esclarecendo o que é captado, como é utilizado e o porquê.
Ao usar esse recurso, você pode atribuir valor à sua marca aos olhos do consumidor, já que assim se mostra transparente a respeito dos dados e oferece mais segurança quanto ao modo como essas informações serão utilizadas.
2 – Colete dados diretamente dos consumidores
Apesar do momento cookieless, ainda é possível captar informações dos usuários de outras maneiras, a exemplo de: pesquisas de satisfação; formulários; entrevistas; enquetes em redes sociais.
Dessa forma, você garante o consentimento do usuário em fornecer os dados e consegue personalizar mais o perfil do seu público, sem o uso de cookies.
Como você pode notar, o cenário do cookieless marketing está cada vez mais próximo. É necessário se adaptar, encontrando outros recursos para utilizar em sua estratégia de marketing digital e manter a eficiência de suas ações para captar e converter leads.